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- 07/11/2025
Tarifaço: Alckmin recebe propostas da CNI para subsidiar negociação com EUA
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, se reuniu nesta quinta-feira (6/11) com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, para discutir estratégias e próximos passos da negociação comercial com os Estados Unidos.
Na ocasião, Alckmin recebeu contribuições da CNI, construídas com o apoio de empresas de diversos setores, com dados atualizados e propostas para subsidiar o governo brasileiro nas tratativas com os Estados Unidos. Entre elas, estão a suspensão temporária das tarifas adicionais impostas aos produtos brasileiros, a criação de um mecanismo institucional de diálogo comercial de alto nível e a eliminação da bitributação, além do estímulo a alianças tecnológicas e investimentos bilaterais em áreas estratégicas como energia, minerais críticos, saúde, infraestrutura digital e inovação.
“É muito importante a participação da iniciativa privada junto com governo para resolver a questão tarifária com os Estados Unidos”, disse o ministro ao agradecer a contribuição técnica e o trabalho profundo elaborado pela CNI, que vai ajudar o diálogo. “O presidente Lula solicitou ao presidente Trump que suspenda a tarifa adicional de 40% enquanto durarem as negociações, e estamos otimistas com os próximos passos”, afirmou Geraldo Alckmin.
O vice-presidente também destacou resultados recentes. “Nos últimos dois meses, já tivemos a retirada da tarifa sobre a celulose e o ferroníquel, que agora têm alíquota zero. Isso representa 4% das exportações brasileiras aos EUA. Também houve redução de tarifas sobre madeira e alguns tipos de móveis, o que nos devolve competitividade. O importante agora é avançar rápido, com diálogo e negociação, como tem orientado o presidente Lula”, afirmou.
Segundo o presidente da CNI, a remoção temporária das alíquotas seria um avanço concreto para os exportadores. “A suspensão das tarifas, enquanto se negocia uma solução definitiva, é um gesto de maturidade comercial — algo que os próprios Estados Unidos já fizeram com outros parceiros. Essa agenda é essencial para setores que não conseguem compensar facilmente a perda de competitividade externa, como máquinas, equipamentos, madeiras e produtos naturais como a cera de carnaúba”, afirmou Alban.
O presidente da CNI também ressaltou a importância da atuação conjunta com o governo brasileiro e espera resultados em breve. “Acreditamos que, tão logo essa mesa de negociação se consolide, teremos boas notícias a anunciar, possivelmente ainda neste mês”, completou Alban.
Fonte: Agência Gov